Gás Lacrimogêneo, Balas de Borracha...

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sábado, 21 de outubro de 2006

CONCURSO PÚBLICO 2006 - GRUPO DE ESTUDO DE GEOGRAFIA

I – PCN + ENSINO MÉDIO: ORIENTAÇÕES EDUCACIONAIS COMPLEMENTARES AOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

BRASIL Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN + Ensino Médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

A Reformulação do Ensino Médio e as áreas do conhecimento

A reformulação do Ensino Médio no Brasil, introduzidas pela LDBEN e regulamentada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e pelo PCNEM, procurou atender à necessidade de atualização da educação brasileira, para impulsionar a democratização social e cultural, ampliando a parcela da juventude brasileira que completa a educação básica e respondendo aos deságios impostos por processos globais.

A idéia estabelece o ensino médio como etapa conclusiva da educação básica, desafiando a comunidade educacional a superar as limitações do antigo Ensino Médio organizado em duas principais tradições formativas: a pré-universitária e a profissionalizante.

A versão pré-universitária caracteriza-se pela ênfase na divisão disciplinar do aprendizado. Seus objetivos educacionais se expressam, e, usualmente, ainda se expressam em termos de lista de tópicos, a partir de que o domínio de cada disciplina era requisito necessário e suficiente para o prosseguimento dos estudos. Era aceitável que só ensino superior tais conhecimentos disciplinares adquirissem amplitude cultural ou sentido prático. A natureza propedêutica não era contestada ou questionada, mas hoje é inaceitável. Já em sal versão profissionalizante, o ensino médio era caracterizado por uma ênfase no treinamento para fazeres práticos, voltados para atividades produtivas ou de serviço. O novo ensino médio passa a assumir a responsabilidade de preparar para a vida, qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente, em eventual prosseguimento dos estudos ou diretamente no mundo do trabalho.

As transformações de caráter econômico social ou cultural que levaram à modificação dessa escola, no Brasil e no mundo, não tornaram o conhecimento humano menos disciplinar em qualquer das três áreas em que o ensino médio foi organizado. A intenção de completar a formação geral do estudante implica uma ação articulada no interior de cada área e no conjunto das áreas, que não é compatível com o trabalho solitário, definido no interior de cada disciplina. No mundo atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, estar formado para a vida significa mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos. Significa:

- saber informar-se, comunicar-se, argumentar, compreender e agir;

- enfrentar problemas de diferentes naturezas;

- participar socialmente, de forma prática e solidária;

- ser capaz de elaborar críticas ou propostas; e,

- especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado (aprender a aprender).

A mudança quantitativa no Ensino Médio é significativa; dobrou de tamanho na última década, recebendo um novo público. Deste, apenas a quarta parte vai se encaminhar para o Ensino Superior. A perspectiva dos jovens brasileiros, na escolaridade básica, é receber qualificação mais ampla para a vida e para o trabalho. Isso exige uma revisão na escola, que se deve adequar ao seu público atual, a fim de promover, para todos os alunos, a realização pessoal, a qualificação para o trabalho digno, para a participação social e política e para uma cidadania plena.

Isso indica a necessidade: 1) de revisão do projeto pedagógico de muitas escolas que não se renovam há décadas, criadas em outras circunstâncias, para um outro público e para um mundo diferente deste dos nossos dias; 2) de vencer o isolamento das disciplinas no currículo do Ensino Médio; 3) de deixar de trabalhar com a mera transmissão de informações, desprovidas de contexto e voltadas para a resolução de exercícios padronizados, visando aos exames de ingresso ao curso superior; 4) de superar a velha expectativa – dos jovens, suas famílias e, quando não, da própria escola – de que os agentes do processo educacional são os professores, transmissores de conhecimento, enquanto os alunos são receptores passivos e a escola, o local da transmissão. Tais expectativas são equivocadas e, somadas a um ensino descontextualizado, resultam em desinteresse e baixo desempenho. Geram desentendimentos em que os alunos ou seus pais consideram os professores fracos e desinteressados e os docentes pensam exatamente o mesmo de seus alunos, numa escola na qual o desafio do aprendizado e a alegria do convívio dão lugar à apatia, à tensão, à displicência ou à violência, em proporções que variam com as circunstâncias.

A nova escola de ensino médio precisa: 1) ser um projeto de realização humana; 2) ter alunos e professores ativos e comprometidos; 3) ser um lugar em que o aprendizado esteja próximo das questões reais, apresentadas pela vida comunitária ou pelas circunstâncias econômicas, sociais e ambientais.



NOVAS ORIENTAÇÕES PARA O ENSINO

Cada disciplina apresenta um conjunto de conceitos estruturadores articulados com conhecimentos, que não são só tópicos disciplinares nem só competências gerais ou habilidades, mas sugestões de sínteses de ambas as intenções formativas, que incorporam metas educacionais comuns

O aprendizado deve ser conduzido de forma que os saberes disciplinares, com suas nomenclaturas específicas, não se separem do domínio das linguagens de utilidade mais geral e que os saberes práticos não se apartem de espectos gerais e abstratos, de valores éticos e estéticos, ou seja, que estejam também associados a visões de mundo. Nessa proposta, os conceitos, as competências e os conhecimentos são desenvolvidos em conjunto e se reforçam reciprocamente.



CONHECIMENTOS, COMPETÊNCIAS, DISCIPLINAS E SEUS CONCEITOS ESTRUTURADORES

O novo Ensino Médio deve estar atento para superar contradições reais ou aparentes entre conhecimentos e competências e reconhecer o caráter disciplinas do conhecimento, orientando e organizando o aprendizado de forma que cada disciplina na especificidade de seu ensino, possa desenvolver competências gerais.

O fato de diferentes disciplinas trabalharem com temas diversos não implica a inexistência de trabalho interdisciplinar, desde que competências e habilidades sejam mobilizadas no âmbito de uma prática docente centrada na associação ensino-pesquisa.

Não há receita nem definição única ou universal para as competências, que são qualificações humanas amplas, múltiplas e que não se excluem entre si.

Por exemplo, os PCN para o Ensino Médio explicitam três conjuntos de competências: o de comunicar e representar, o de investigar e compreender, assim como o de contextualizar social e historicamente os conhecimentos. De forma semelhante, mas não idêntica, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) aponta cinco competências gerais: dominar diferentes linguagens, desde idiomas até representações matemáticas e artísticas; compreender processos, sejam eles sociais, naturais, culturais ou tecnológicos; diagnosticar e enfrentar problemas reais, ocntruir argumentações; e elaborar proposições solidárias.

No âmbito escolar, essa organização por área pode, também, contribuir para uma melhor estruturação do projeto pedagógico da escola.



A ARTICULAÇÃO ENTRE AS ÁREAS

Envolve sintonia de tratamentos metodológicos e pressupõe a composição de um aprendizado de conhecimentos disciplinares com o desenvolvimento de competências gerais. Só em parte essa integração de metas formativas pode ser realizada por projetos concentrados em determinados períodos, nos quais diferentes disciplinas tratem, ao mesmo tempo, de temas afins. Mais importante é o estabelecimento de metas comuns, envolvendo cada uma das disciplinas de todas as áreas, a serviço do desenvolvimento humano dos alunos e também dos professores.



A ARTICULAÇÃO DAS DISCIPLINAS EM CADA UMA DAS ÁREAS

Identificar pontos de constato reais entre as disciplinas, estabelecer pontes e trânsito entre elas, identificar, analisar e desfazer falsas semelhanças, traduzir linguagens diferentes usadas para o mesmo objeto ou distinguir linguagens iguais, usadas para identificar conceitos diferentes.



A área de Ciências Humanas e suas Tecnologias – O Trabalho Interdisciplinas e Contextualizado

Um trabalho interdisciplinar deve buscar unidade em termos de prática docente, independentemente dos temas/assuntos tratados em cada disciplina isoladamente.

A noção de contextualização refere-se a dar importância e significação dos temas/assuntos a serem estudados pelos educandos, no âmbito do viver em sociedade amplo e particular dos mesmos. Para isso a escola deve desvencilhar-se das amarras ditadas pela tradição escolar, especialmente a acadêmica, e repensar as noções de conteúdo curricular.



Os conceitos estruturados da área

Um conceito é a representação das características gerais de determinado objeto pelo pensamento. O conceito é construído pelo intelecto com base na análise da realidade. Sua finalidade maior é servir de ferramenta intelectual que possa ser reutilizada para que novas análises sejam processadas. São conceitos estruturadores da área: IDENTIDADE, RELAÇÕES SOCIAIS, CULTURA, DOMINAÇÃO, PODER, ÉTICA E TRABALHO.

Os procedimentos didáticos que envolvem os processos de ensino e de aprendizagem facilitarão a construção do encontro entre conceitos e competências, e estão intimamente relacionados com aspectos metodológicos que indicam os perfis de atividades escolares que permitirão que tal encontro seja efetivado.

As aulas expositivas deixam de assumir o papel central. Sua manutenção deve ser em caráter de coadjuvação em relação a outras práticas, em que os alunos construam e reconstruam conhecimentos. Essa transformação implica em um novo papel para o educador, que atuará como mediador e não como mero retransmissor de conhecimentos.



Critérios para organização dos conteúdos programáticos no âmbito das disciplinas

- Os conteúdos programáticos não possuem ordem pré-estabelecida para serem estudados; os educadores devem romper com ordenamentos inflexíveis, materializados pela sucessão temporal linear e por supostos pré-requisitos.

- Os diferentes temas/assuntos devem possuir articulação entre si, do ponto de vista das competências que se pretenda desenvolver, da opção metodológica, da concepção de disciplina, das finalidades do ensino da disciplina no nível de ensino e da particularidade do objeto de estudo de determinada disciplina (conhecer e dominar esses aspectos teórico-metodológicos é essencial para o professor construir uma prática docente que contribua para o desenvolvimento da autonomia intelectual do aluno).

- As escolhas programáticas têm validade se responderem positivamente às questões que seguem: Possibilitam a contextualização? Envolvem questões que possam ser problematizadas, apropriadas e transportas pelos educandos para situações novas? Tratam do universo de diferentes sujeitos sociais? Trabalham com diferentes linguagens e diferentes interpretações? Permitem o trabalho sistemático com diferentes atividades de pesquisa, em diferentes épocas e lugares? Os conteúdos programáticos ainda podem ser trabalhados por eixos temáticos e sub-temas relacionados a eles.



FILOSOFIA

Os conceitos estruturadores da Filosofia

Mesmo reconhecendo a multiplicidade de caminhos que cada filósofo-educador possa privilegiar, por questões didáticas optamos por assumir determinada orientação – uma entre muitas possíveis, voltamos a frisar -, segundo a qual a Filosofia é compreendida, em linhas gerais, como uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica dos conhecimentos e das práticas.

A Filosofia, na sua dimensão pedagógica, possibilita estabelecer, como conceitos estruturadores, o ser, o conhecimento e a ação.

O significado das competências específicas de Filosofia Representação e comunicação

O acesso ao conteúdo filosófico se faz de maneira reflexiva, buscando os pressupostos dos conceitos e exercitando a capacidade de problematização. Assim, é necessário realizar a leitura analítica (tanto temática como interpretativa) e a problematização de textos filosóficos. Em continuidade, usar outros textos, com outras formas de registros (artigos de jornal, revistas etc.) e para a dissertação filosófica, que é o exercício filosófico por excelência. A dissertação em filosofia é insubstituível, tem a ver com a essência do ato de filosofar.

Investigação e compreensão

A Filosofia é decisiva para superar a fragmentação das disciplinas por estabelecer elos que unem diversos saberes.

Contextualização sócio-cultural

Trabalhar com textos filosóficos, outras estruturas e outros registros, no esforço de articular os conhecimentos filosóficos e outras expressões culturais, de debater e de elaborar dissertações, faz o aluno aprender a examinar o texto como algo aberto a interpretações e a problematizações diversas. A habilidade hermenêutica (arte de interpretar as palavras) supõe a contextualização dos conhecimentos filosóficos.



GEOGRAFIA

Na geografia os conceitos se referem, fundamentalmente, ao espaço geográfico e seu dinamismo, assim como às diferentes visões desse espaço. O espaço geográfico é o elemento central dos conteúdos e das estruturas do conhecimento na disciplina e, por isso mesmo, constitui sua espinha dorsal. Já que o espaço geográfico é uma unidade ampla, comporta unidades espaciais, que são paisagem (unidade perceptível), lugar (unidade sensível) e território (unidade construída mediante estruturas de poder), cujos mecanismos de delimitação são feitos por meio da territorialização. Finalmente, o espaço geográfico dinamiza-se e pode tornar-se uma unidade extremamente ampla, do ponto de vista de sua dinâmica, constituindo o chamado processo de globalização, amparado no desenvolvimento das técnicas que permitem a implementação das redes de circulação de pessoas, mercadorias e pensamentos/idéias.



O significado das competências específicas em Geografia

Representação e Comunicação

- Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas, etc.), considerando-os como elementos de representação de fatos e fenômenos espaciais ou espacializados.

- Reconhecer e aplicar o uso das escalas cartográfica e geográfica como formas de organizar e conhecer a localização, a distribuição e a freqüência dos fenômenos naturais e humanos.

Investigação e compreensão

- Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

- Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.

- Analisar e comparar, interdisciplinariamente, as relações entre preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento de sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

Contextualização sóciocultural

- Reconhecer, na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual, a sua essência, ou seja, os processos históricos constituídos de diferentes tempos e os processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.

- Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da geografia.

- Identificar e analisar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas do seu “lugar no mundo”, comparando, analisando e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornaram a realidade concreta vivida.

- As competências relacionadas ao ensino de Geografia no Ensino Médio serão trabalhadas por meio de alguns procedimentos básicos:

- leitura e interpretação dos documentos cartográficos (mapas, gráficos, tabelas), assim como sua elaboração;

- identificação e interpretação dos elementos constitutivos do espaço geográfico, incluindo a avaliação de sua incorporação ao processo de produção/apropriação do espaço geográfico;

- avaliação de seus impactos tanto numa perspectiva histórica quanto em relação ao momento presente.

A articulação entre os conceitos e as competências pode ser, entre outras formas, estruturada sob a forma de alguns eixos temáticos: A dinâmica do espaço geográfico; o mundo em transformação: as questões econômicas e os problemas geopolíticos; o homem criador de paisagem/modificador do espaço; O território brasileiro: um espaço globalizado.



HISTÓRIA

Os conceitos estruturadores de História

Na história, os acontecimentos sociais são resultantes de um conjunto de ações humanas interligadas e de duração variável, sucessivas e simultâneas, em vários espaços de convívio social, motivadas por desejos ou necessidades de mudança ou de resistência, pela busca de soluções para problemas, por disputas e confrontos entre agrupamentos de indivíduos, o que gera tensões, conflitos e rupturas e delineia os movimentos da transformação histórica. Com essa concepção,o passado é um conceito fundamental, na perspectiva do valor representado pelos indivíduos como criadores de realidades e agentes das transformações, a partir das relações sociais que constroem entre si. É esse conjunto, portanto, que constitui o objeto da História.

Relaciona-se diretamente com outras ciências e saberes: o conceito de cultura é ampliado para o conceito de identidade, que é construída por meio do conceito de memória, dentro de um determinado tempo histórico.

Podemos dizer que o sentido do passado preponderante nas sociedades modernas é cronológico. O próprio tempo histórico utiliza o sistema cronológico, porém, como referência para situar os “momentos históricos em seu processo de sucessão e simultaneidade. Fugindo à cronologia meramente linear, procura identificar também os diferentes níveis e ritmos de durações temporais. A duração torna-se (...) a forma mais consubstanciada de apreensão do tempo histórico, ao possibilitar que os alunos estabeleçam relações entre continuidades e descontinuidades” (PCNEM, 1999, p. 303).



O significado das competências específicas da História

Representação e comunicação

- criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção.

- Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir de categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.

Investigação e compreensão

- Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas.

- Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos processos históricos.

- Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica, a partir do reconhecimento do papel do individuo nos processos históricos, simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos.

- Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da crítica dos diversos “lugares de memória” socialmente instituídos.

Contextualização sociocultural

- Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação.

- Situar os momentos históricos nos diversos ritmos de duração e nas relações de sucessão e/ou de simultaneidade.

- Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

- Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.

Organização por eixos temáticos – uma possibilidade

Os eixos se organizam em torno de uma problematização de aspectos da existência social, envolvendo conceitos estruturadores, outros conceitos que os alunos deverão construir no processo de ensino e questões importantes para a sociedade em que vivemos. São sugeridos: Cidadania: diferenças e desigualdades; Cultura e trabalho; Transporte e comunicação no caminho da Globalização; nações e nacionalismos. Os eixos dividem-se em temas e subtemas.



SOCIOLOGIA

A sociologia contemporânea este empenhada a oferecer a melhor compreensão possível das estruturas sociais,do papel do individuo na sociedade e da dinâmica social, isto é, das possibilidades reais de transformação social na procura de uma sociedade mais justa e solidária.

Conceitos Estruturadores da Sociologia

O principal, atualmente é cidadania. Há também trabalho e cultura entre outros.

O conjunto de conceitos permite que alguns paradigmas teóricos e metodológicos da Sociologia, da Antropologia, da Política e também da Economia, do Direito e da Psicologia sejam identificados, analisados, construídos e apropriados pelo estudante, pelo cidadão que freqüenta a Escola.

O trabalho pedagógico com os conceitos permite:

- uma razoável compreensão do entorno do aluno, o que poder gerar ações transformadoras do social;

- a articulação dos conceitos de cidadania, trabalho e cultura aos conjuntos conceituais das outras disciplinas integrantes do currículo do Ensino Médio, como Língua Portuguesa, Educação Física, Biologia, Matemática, História e Filosofia que também devem estabelecer suas competências a partir daqueles conceitos;

- a análise e a vivência, pelo aluno, de valores universais como cidadania, consciência ecológica, direitos humanos, democracia e solidariedade que, no atual estágio de desenvolvimento da sociedade globalizada, devem ter seu lugar no tempo e no espaço da Educação Básica.



O significado das competências específicas da Sociologia

Representação e comunicação

- Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do senso comum.

- Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões realizadas.

Investigação e compreensão

- Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana, ampliando a visão de mundo e o horizonte de expectativas nas relações interpessoais com os vários grupos sociais.

- Construir uma visão mais crítica da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa, avaliando o papel ideológico do marketing como estratégia de persuasão do consumidor e do próprio eleitor.

- Compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito á diversidade, enquanto princípio estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual.

Contextualização sociocultural

- Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.

- Construir a identidade social e política de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão e, também, entre os diferentes grupos.

Organização por eixos temáticos – uma possibilidade

São eixos sugeridos: Individuo e sociedade; Cultura e sociedade; Trabalho e sociedade; Política e sociedade.


Síntese elaborada por Maria José Marques